Porta-voz da chancelaria iraniana Araqchi trata de temas de política externa em coletiva de imprensa semanal (HispanTV)
Os complôs estrangeiros causam a discórdia e os conflitos regionais e sectários entre os muçulmanos, afirmou nesta terça-feira (25) o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Said Abas Araqchi, durante a sua coletiva de imprensa semanal. Araqchi assegurou que Israel “aviva a chama da discórdia” religiosa e sectária, que favorece os objetivos dos inimigos da comunidade islâmica.
“O mundo muçulmano deve esforçar-se para resolver as diferenças que causam divergência entre os seus membros”, disse Araqchi em referência ao aumento do salafismo (ideologia sunita reformista atualmente instrumentalizada pelo islamismo, que prega uma interpretação rigorosa do Corão para a sua aplicação política), nos países da região, em particular na Síria, já que muitos que lutam contra o governo constitucional são classificados de salafistas.
Por extensão, os confrontos entre salafistas e o Exército do Líbano também têm se intensificado nos últimos dias, desde que o xeique Ahmed Al-Asir declarou enviar combatentes salafistas para uma “jihad contra o governo sírio”.
Araqchi indicou que os membros do Comitê Sírio de Seguimento do Diálogo, em sua viagem ao Irã, lograram resultados positivos em suas conversações com as autoridades persas, inclusive com o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional da República Islâmica do Irã, Said Jalili, e o vice-ministro de Relações Exteriores para Assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir Abdulahian.
Às vésperas do mês sagrado do Ramadã (que se inicia no próximo 10 de julho), Araqchi disse que a comunidade internacional, por respeito a essa significativa celebração muçulmana, deve estabelecer um cessar-fogo e o início dos diálogos na Síria
Araqchi também mencionou a decisão do emir do Catar de passar o poder ao seu filho, e assegurou que a estabilidade do Catar, como país vizinho, tem muita importância para o Irã.
Aproximação à Arábia Saudita
O presidente eleito do Irã, Hassan Rouhani, disse que o seu país e a Arábia Saudita podem restaurar a paz e a estabilidade na região, em resposta a uma mensagem de congratulação do rei Abdullah bin Abdulaziz.
“Com a prudência dos países da região, a paz e a estabilidade podem ser retomadas”, sublinhou Rouhani, na resposta à missiva que enviada pelo monarca saudita, depois de anunciada a vitória eleitoral por uma margem ampla, nas eleições presidenciais, realizadas há 11 dias.
O mandatário, que deve assumir o poder no próximo 3 de agosto, disse também que uma das prioridades da política exterior iraniana é prestar especial atenção aos países vizinhos e do resto da área, de acordo com a versão da mensagem presidencial difundida pela agência oficial Irna.
O Irã e a Arábia Saudita, talvez os dois países mais importantes da região do Golfo Pérsico, têm posturas encontradas sobre a crescente presença militar estadunidense nesta região, assim como em relação ao conflito na Síria.
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Com informações da HispanTV
Da redação do Vermelho
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