Uma vez um crente foi chamado para debater com um grupo de ateus. Esses ateus queriam refutar a existência de Deus, perante esse crente, então o convidaram para seu país. A viajem para lá necessitava que ele tomasse um navio o que demorava um pouco para chegar.
Os ateus então esperaram um dia inteiro e o crente não chegou. No dia seguinte esperaram impaciente e apenas no cair da tarde o navio que trouxe o crente chegou. Os ateus estavam bem chateados e o crente se desculpou e fez questão de explicar:
“Quero pedir desculpas, mas, ontem, o navio que me traria aqui teve sérios problemas e não pôde desatracar e eu fiquei sem transporte. Mas quando eu já estava sem esperança, caminhando no bosque, vi que árvores saíram do solo, sozinhas, e se cortaram em táboas e flutuando foram formando um barco. Pregos apareceram do nada e prenderam às táboas e fios apareceram do nada, se trançaram e produziram essa vela. E, esse navio que se fez sozinho, me trouxe aqui.”
Os ateus se entreolharam lentamente, se esforçando para manter a formalidade e o respeito, porém, em uma explosão que não puderam controlar, caíram em uma espontânea gargalhada a ponto de perderem o fôlego.
Eles questionaram o crente: “Desculpe-nos, mas nós o chamamos aqui para um diálogo sério, racional, e você nos vem com esse absurdo de barco que se fez a partir do nada. Perdoe-nos, mas perdemos todo o respeito por você.”
O crente então os respondeu: “Mas vocês não me chamaram aqui justamente para me convencer de que todo o universo se fez a partir do nada?”
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