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Noticiarios

O governo do Paquistão decretou feriado nacional na próxima sexta-feira para permitir que a população do país proteste contra o filme anti-islâmico que satiriza o profeta Maomé.

O gabinete da presidência paquistanesa informou que o feriado foi criado com o propósito de ser "um dia de expressão de amor pelo profeta Maomé".

A decisão ocorre após a polícia do país tentar impedir que milhares de manifestantes se aproximassem da embaixada americana na capital Islamabad.

O levante popular contra o filme chega ao quarto dia com protestos violentos na cidade e um saldo de, por enquanto, dois mortos, segundo as autoridades.

Ao redor do mundo, pelo menos trinta pessoas teriam morrido por causa das manifestações.

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Fonte :

http://www.bbc.co.uk

Produzido nos Estados Unidos, o filme anti-islâmico que tem provocado ondas de protestos em países muçulmanos abriu o precedente para uma discussão polêmica: quais são os limites da liberdade de expressão e de religião?

Com a repercussão negativa da fita, outro questionamento também surgiu: em meio ao recuo dos Estados Unidos, que criticaram fortemente seu conteúdo, até que ponto a autocensura e a regulação devem ser impostas de forma a acalmar os ânimos religiosos mais exaltados?

Para responder essas perguntas, a BBC colheu depoimentos de uma série de analistas. Confira.

Eu sou muçulmano e ocidental, mas não considero que os dois elementos se oponham.

Chegamos a um estágio em que não existe mais o controle da Igreja Católica sobre o que pode ou não ser dito ou escrito em público. No passado, os "hereges", aqueles que não aceitavam a doutrina do catolicismo, eram mortos ao lutar pela liberdade religiosa, de pensamento e de expressão. Considero tais liberdades sacrossantas.

Foi a coragem desses protestantes que permitiu a criação de sociedades seculares e plurais no Ocidente, possibilitando, pela primeira vez na história, que um grande contingente de judeus e muçulmanos morassem juntos e praticassem cada qual sua religião.

A barbaridade dos pogroms, da caça às bruxas e dos hereges sendo queimados vivos em praça pública felizmente acabou.

Os meus colegas muçulmanos precisam entender tal pano de fundo. Não podemos sufocar as diversas liberdades existentes sob a alegação de proteger a nossa religião. É claro que eu me sinto pessoalmente atacado quando o profeta Maomé é insultado.

Inclusive, porque a literatura ocidental, de Shakeaspeare a Thomas Paine, está cheia de referências negativas aos muçulmanos, chamando-os de "mouros", "turcos" e "seguidores de Maomé".

Paralelamente, os escritos clássicos árabes e persas estão repletos de antissemitismo e negação à divindade de Cristo como filho de Deus.

Ainda assim, é importante que nós, do Ocidente, tenhamos conseguido acomodar em um mesmo (ou mais) países todas as fés - e inclusive aqueles que não professam nenhuma fé.

Essa evolução não pode ser revertida. A autocensura é uma tentativa de reverter os ganhos realizados pelos intelectuais de outrora, nossos antepassados.

Tão quanto os muçulmanos são livres no Ocidente, os cristãos e seguidores de outras fés precisam ter a mesma liberdade no Oriente.

Nós, muçulmanos, matamos algum dos maiores iluministas por causa de acusações clericais de heresia, motivadas pela ausência da liberdade de pensamento.

Da execução de al-Hallaj em Bagdá, no Iraque, ao apedrejamento de Ibn Arabi em Damasco, na Síria, passando pelo banimento de Bulleh Shahm em Punjab, a história está cheia de exemplos.

Esses muçulmanos são mártires por terem lutado pela liberdade de pensamento.

Como um muçulmano ocidental, eu quero defender essas liberdades e assegurá-las para as futuras gerações.

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Fonte :

Ed Husein é pesquisador sênior de estudos do Oriente Médio do centro de estudos Council on Foreign Relations e autor do livro "The Islamist"

Chander Mani Khanna, que pastoreia a Igreja de Todos os Santos, em Srinagar, foi convocado perante um tribunal islâmico, que o acusa de suborno para converter crianças muçulmanas ao cristianismo.

Um vídeo apareceu no YouTube, aparentemente mostrando o batismo de muçulmanos convertidos ao cristianismo. Testemunhas dizem que a polícia bateu nos convertidos para depor contra o pastor.

De acordo com a Asia News, a polícia prendeu o pastor Khanna para promover inimizade entre os grupos religiosos e afrontar os sentimentos religiosos.

Embora o pastor nega todas as acusações, permanece sob custódia da polícia e teme receber uma sentença de morte publicou jornal britânico publicou Christian Today.

O Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC, por sua sigla em Inglês), a qual o pastor Khanna pertence enviou uma carta ao Governo de Jammu e Caxemira da Índia, pedindo-lhes para intervir em nome do pastor

GCIC disse que as tensões aumentaram na região após a queima de um Corão em uma igreja na Flórida pelo pastor Terry Jones.

O Bispo Nazir-Ali, disse que conhece pessoalmente o pastor Khanna e o descreve como  um sacerdote “respeitado” “nunca usou métodos desleais para evangelizar.”

“Estou impressionado que uma pessoa possa ser detido por um país como a Índia que está comprometida com a liberdade religiosa e democracia”, disse o bispo Nazir-Ali.

“Peço não só para a sua libertação imediata e incondicional, mas também para o proteger a sua família. Oremos pela liberdade e que a justiça a prevaleça na Caxemira, sejam eles muçulmanos, cristãos ou hindus.”

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Fonte: Padom

Um rápido giro de notícias recentes do mundo muçulmano


Irã anuncia primeiro exercícios entre Exército e a Guarda Revolucionária
Este ano, a maior manobra conjunta entre o Exército e o IRGCserá encenado pela primeira vez ", informou o  brigadeiro-generalAhmad Reza Pourdastan nesta quinta-feira. Oito exercícios militares e a  força aérea serão realizados por diferentes forças em diversas áreas, o exercício de guerra do  Irã é o  maior  até esta  data.

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Fonte :

http://2012umnovodespertar.blogspot.com

Para ele, “o caminho melhor e mais rápido de informar o mundo com a imagem verdadeira do Islam é dar um bom exemplo na vida real."

“Constatarás que os piores inimigos dos crentes, entre os humanos, são os judeus e os idólatras. Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis são os que dizem: “Somos cristãos!”, porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma. E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade, dizendo: Ó Senhor nosso, cremos! Inscreve-nos entre os testemunhadores!”

(Surata Al-Maida 82-83)

Foi o que aconteceu com o ex-padre católico britânico Idris Tawfiq na recitação do livro sagrado do Islã, o Alcorão, para seus alunos em uma escola na Grã-Bretanha.  E esse foi um dos passos importantes em sua jornada de conversão ao Islã.

Durante uma palestra recente que deu no British Council no Cairo, Tawfiq deixou claro que não tem arrependimentos em relação ao seu passado e em relação ao que os cristãos fazem e sua vida no Vaticano por cinco anos.

“Gostei de ser um padre que ajudou as pessoas por alguns anos. Entretanto, no fundo não estava feliz e sentia que havia algo que não estava certo. Felizmente, e é a vontade de Deus, alguns eventos e coincidências em minha vida me levaram ao Islã,” disse ele a um auditório lotado no British Council.

Uma segunda coincidência importante para Tawfiq foi sua decisão de deixar seu trabalho no Vaticano, um passo seguido por uma viagem ao Egito.

“Costumava pensar no Egito como um país das pirâmides, camelos, areia e tamareiras. Na verdade peguei um vôo charter para Hurghada.

Chocado ao descobrir que era semelhante a algumas praias européias, peguei o primeiro ônibus para o Cairo e passei a semana mais maravilhosa de minha vida.

Essa foi minha primeira introdução aos muçulmanos e ao Islã.  Notei que os egípcios são um povo gentil e doce, mas também muito forte.

“Como todos os bretões, meu conhecimento sobre os muçulmanos naquela época não passava do que ouvia na TV sobre suicidas e combatentes, dando a impressão de que o Islã é uma religião de problemas. Entretanto, ao chegar ao Cairo descobri o quanto essa religião é bela. Pessoas muito simples vendendo coisas na rua abandonavam seu negócio e direcionavam seus rostos para Allah e oravam no momento que ouviam a chamada para oração vinda da mesquita. Têm uma fé forte na presença e vontade de Allah. Oram, jejuam, ajudam os necessitados e sonham em viajar para Meca com a esperança de viver no paraíso na vida futura,” disse.

“No meu retorno assumi meu antigo emprego de ensinar religião. A única disciplina compulsória na educação britânica é Estudos Religiosos. Ensinava sobre Cristianismo, Islã, Judaísmo, Budismo e outras. Então todos os dias eu tinha que ler sobre essas religiões para ser capaz de dar minhas aulas aos estudantes, muitos dos quais eram refugiados muçulmanos árabes. Em outras palavras, ensinar o Islã me ensinou muitas coisas.

“Ao contrário de muitos adolescentes problemáticos, esses estudantes davam um bom exemplo do que um muçulmano pode ser. Eram educados e gentis. Então se desenvolveu uma amizade entre nós e eles perguntaram se podiam usar minha sala de aula para orações durante o mês de jejum do Ramadã.

“Felizmente, minha sala era a única com um tapete. E assim me acostumei a sentar nos fundos, observando-os orar por um mês. Procurei encorajá-los a jejuar durante o Ramadã jejuando com eles, mesmo não sendo ainda um muçulmano.

“Uma vez, enquanto recitava uma tradução do Alcorão sagrado na aula, cheguei ao seguinte versículo:

“E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade.”

Para minha surpresa, senti lágrimas em meus olhos e tentei, com dificuldade, esconder de meus alunos.”

Evento abalador

A virada em sua vida, entretanto, veio com as consequências dos ataques terroristas nos EUA em 11 de setembro de 2001.

“No dia seguinte estava no metrô e notei o quanto as pessoas estavam aterrorizadas. Eu também estava com medo da repetição de tais atos na Grã-Bretanha. Na época os ocidentais começaram a temer essa religião, que culpavam pelo terrorismo.

“Entretanto, minha experiência anterior com os muçulmanos me levou para uma direção diferente. Comecei a pensar: ‘Por que o Islã? Por que culpamos o Islã como uma religião pela ação de terroristas que por acaso são muçulmanos, quando ninguém acusou o Cristianismo de terrorismo quando alguns cristãos agiram da mesma forma?

“Um dia fui para a maior mesquita em Londres, para ouvir mais sobre essa religião. Ao chegar à Mesquita Central de Londres, lá estava Yusuf Islam, o ex-cantor pop, sentado em um círculo falando com algumas pessoas sobre o Islã. Pouco depois, me peguei perguntando a ele: ‘O que se faz para se tornar um muçulmano?’

Ele respondeu que um muçulmano deve acreditar em um Deus, orar cinco vezes ao dia e jejuar durante o Ramadã.  Eu o interrompi dizendo que acreditava em tudo isso e tinha até jejuado durante o Ramadã.  Então ele perguntou: ‘O que está esperando?  O que o detém?’ Eu disse: ‘Não, eu não pretendo me converter.’

“Naquele momento foi feito o chamado para a oração e todos se prepararam e se alinharam para orar.

“Sentei no fundo, e chorei e chorei. Então disse a mim mesmo: ‘A quem está tentando enganar?'

“Depois que terminaram suas orações, fui até Yusuf Islam e pedi a ele que me ensinasse as palavras através das quais eu anunciaria minha conversão.

“Depois de explicar seus significados para mim em inglês, recitei depois dele em árabe que não há deus exceto Allah e que Muhammad é o Mensageiro de Allah,” relata Tawfiq, segurando suas lágrimas.

‘Jardins do Islã’

Dessa forma sua vida tomou um curso diferente.  Vivendo no Egito, Tawfiq escreveu um livro sobre os princípios do Islã.

Ao explicar por que ele escreveu seu livro Jardins de Deleite: uma Introdução Simples ao Islã, Tawfiq ressaltou que todos dizem que o Islã não é uma religião de terrorismo e ódio, mas ninguém tenta explicar o que é.

“Então decidi escrever esse livro para dar aos não-muçulmanos uma idéia sobre os princípios básicos do Islã. Tentei dizer às pessoas como o Islã é belo e que o Islã tem os tesouros mais extraordinários, dos quais o mais importante é o amor que os muçulmanos sentem uns pelos outros. O Profeta diz ‘Até um sorriso para seu irmão é uma caridade.’

Tawfiq disse à Gazeta que está trabalhando em um livro sobre o Profeta Muhammad [que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele] que ele considera que será diferente dos muitos livros já escritos sobre ele.

Ele acha que “o caminho melhor e mais rápido” de informar o mundo com a imagem verdadeira do Islã é dar um bom exemplo na vida real.

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Fonte:

Por Manal Abdulaziz - Gazeta Egípcia

CDIAL realizou entre os dias 18 à 21 de fevereiro o "Encontro de Jovens Muçulmanos".

O encontro aconteceu na Mesquita de Guarulhos com diversas atividades religiosas dentre elas palestras sobre o tema: "A utilização das mídias sociais para a divulgação do Islam".

Também foi realizado um passeio turístico a cidade de Paranapiacaba, onde todos puderam conhecer um pouco desta cidade histórica visitando os seus principais pontos turísticos.

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Fonte :

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Na foto, a maquete aprovada apresenta uma construção moderna.

Foi aprovada, na capital dinamarquesa, Copenhague, a construção de uma segunda mesquita que se localizará na Ilha de Amager, no sudoeste da cidade. 

Segundo a vice-prefeita da cidade, Anna Mee Allerslev, “é necessário e normal que Copenhague, cidade multireligiosa e aberta aos muçulmanos, tenha suas mesquitas”.

Com cerca de 200 mil fieis, aproximadamente 3,5 % da população da Dinamarca, o Islam é a segunda religião do país, ficando atrás apenas da Igreja Evangélica Luterana.

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Fonte :

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Foi inaugurada a primeira Universidade Islâmica da Albania, na capital Tirana.

Esteve na cerimônia o primeiro ministro, o sr. Sali Brisa prometeu suporte para outras iniciativas desse tipo e manifestou seu orgulho dos líderes muçulmanos que realizaram esse trabalho.

O sr. Hachi Salim Mouka, líder dos muçulmanos da Albânia, na cerimônia de inauguração, declarou: “O Islam é a religião da ciência e da fé e enfatiza a pesquisa e a aquisição de conhecimento”; e acrescentou que a inauguração da Universidade representa um passo importante em direção ao conhecimento islâmico entre os as novas gerações permitindo adquirir conhecimento.

A construção da Universidade foi aprovada em 2005 a fim de suprir as necessidades dos muçulmanos do país promovendo formação de líderes e professores islâmicos.

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Fonte:

http://www.islambr.com.br

O livro do libanês Assaad Zaidan identificou mil palavras árabes no português. O texto mostra que a influência árabe no Brasil vai muito além da culinária. Termos como tarifa, mascate, alface e lacaio vêm do árabe. Na literatura, além das palavras, é possível ver traços da cultura daquela região na obra de Guimarães Rosa.

Cláudia Abreu

São Paulo - Um árabe chamado Tarif Bem Amer montou um posto fiscal em uma pequena ilha na entrada do estreito de Gibraltar. Era o ano 710. Todos os navios que iam da Europa para a África, do Atlântico para o Mediterrâneo, e vice-versa, pagavam taxas aduaneiras ao comandante. De tanto dizerem expressões como "já paguei o Tarif", surgiu o termo tarifa. Essa e outras histórias estão no livro "Letras e História: mil palavras árabes na língua portuguesa", do escritor libanês Assaad Yoessef Zaidan.

A obra proporciona ao leitor uma interessante viagem pela história da língua árabe, seu nascimento, suas longas viagens e sua influência no português falado no Brasil. Além de tarifa, outras 999 palavras aparecem no texto do libanês. Para reuní-las, Zaidan pesquisou em mais de 100 fontes bibliográficas e mais de 200 dicionários. Os cinco mil exemplares de sua biblioteca pessoal não foram o bastante, o escritor mandou buscar exemplares no mundo árabe para complementar o trabalho.

Segundo Zaidan, a idéia do livro nasceu nos anos 70, depois de um encontro com o intelectual Tufic Curban. "Ele me disse que tinha conseguido identificar 700 palavras árabes na língua portuguesa e aquilo ficou na minha cabeça", conta o escritor. O tempo passou, Zaidan escreveu outros livros em árabe e, em 1991, o primeiro volume em português, "Guerra do Golfo".

O assunto de Curban, no entanto, nunca foi deixado de lado. As palavras em português cuja pronúncia era parecida com o árabe eram anotadas, cuidadosamente, por Zaidan. Depois, uma a uma, foram confirmadas e incluídas no texto final. O livro, no entanto, não começa por elas, faz uma introdução rápida, porém precisa, sobre as primeiras letras, as primeiras línguas até chegar no árabe.

Zaidan conta, por exemplo, que o árabe é escrito da direita para a esquerda por influência dos fenícios, que, por sua vez, aprenderam com os garimpeiros, que escavavam as minas usando a broca com a mão esquerda e batendo o martelo com a direita. "Essa forma de escavação foi transformada em primeira impressão de textos, que só depois foi passada para o papel. A tinta surgiu pouco tempo antes de Cristo, espremendo carvão com goma", revela.

A língua árabe data de 1500 anos antes de Cristo, é uma das mais antigas e aperfeiçoadas. "Adquiriu ricas heranças das línguas dos povos das primeiras civilizações e dos impérios que se instalaram no Oriente Médio, como Mesopotâmia, Egito, Síria, Etiópia, Pérsia e Índia", escreve Zaidan. "Como em qualquer cultura, recebeu várias influências, é fruto de uma miscigenação", completa.

Poesia

Na primeira parte, o escritor ainda reservou espaço para falar da importância da poesia no desenvolvimento do árabe. "Os árabes, entre todos os povos do mundo, foram os que mais amaram e versificaram a poesia. Cada poeta era representante e defensor de sua tribo, relator de sua história, de glórias e trajetórias dos povos", escreve. Por meio dos poemas, eles escreviam sobre teologia, filosofia, gramática, contos lendários, astronomia e até matemática e álgebra.

Segundo Zaidan, somente o Alcorão conseguiu fazer com que os árabes esquecessem um pouco a poesia e melhorassem bastante a linguagem em forma de prosa, com frases rimadas e criativas.

Da Península Arábica para a Espanha. Os árabes aproveitaram a divisão interna da Península Ibérica para invadir a região, levaram junto toda a bagagem cultural. Córdoba, na Espanha, destacou-se tanto quanto Constantinopla e Bagdá, reconhecida como a capital cultural do mundo. Analfabetos eram raros na região e em 1130 começaram as traduções de livros científicos árabes para o latim. Obras de médicos famosos como Al Razi e Avicena (Ibn Sena) foram traduzidas.

A relação com os portugueses começou nos anos seguintes. Um grande exemplo está no nome de várias cidades. Alenquer, Almerim, Fátima e Foro vêm do árabe. "Uma dica simples é saber que todas as palavras que começam com 'al' têm origem árabe. Pouca gente sabe também que Fátima é o nome da filha do profeta Maomé", explica.

Literatura

Na Europa, o árabe influenciou grandes personalidades. Miguel de Cervantes, por exemplo, citou muitos provérbios árabes por meio do discurso de Sancho Pança, em "Dom Quixote". Traços do estilo de poesia árabe também estão nos trabalhos do poeta alemão Goethe, na obra de Dante e de Victor Hugo. O primeiro, leitor do Alcorão, inclusive escreveu o famoso poema "Divã Oriental-Ocidental".

A influência árabe também está presente em obras de sul-americanos. Os textos do argentino Jorge Luis Borges e do brasileiro João Guimarães Rosa são marcados pela cultura árabe. Milton Hatoun, que escreveu o prefácio do livro de Zaidan, lembra que em "Grande Sertão Veredas", o personagem Riobaldo conhece a família árabe Assis Wababa em pleno sertão de Minas Gerais.

Ainda na segunda parte do livro, Zaidan conta sobre as duas viagens de dom Pedro II ao mundo árabe. Ele visitou a Palestina, o Líbano, o Egito e a Síria. Foi dom Pedro que deu permissão para os árabes imigrarem para o Brasil. Encerra o capítulo contando a saga das famílias árabes em terras brasileiras. Sobrenomes como Houaiss, Chalita, Nassar e Yázigi aparecem no texto.

O livro de Zaidan está nas livrarias do país desde julho. A publicação foi patrocinada pelo governo do Estado do Pará.

Sobre o escritor


Zaidan nasceu no Líbano Central, veio para o Brasil em 1952, aprendeu o português em Alagoas, como gosta de lembrar. "Aprendi falar 'ô xente' e 'cabra da peste'", conta. Desde que chegou ao país, escreveu para jornais e revistas árabes, principalmente para os veículos iraquianos, libaneses e sírios. Também foi redator do jornal "Notícias Árabes", de 1965 a 1969.

Fonte: ANBA

O presidente do Egito, Mohamed Mursi, afirmou que o principal dentre os vários problemas dos países islâmicos é quanto à Palestina. “Um dos objetivos mais importantes de nossa organização é apoiar a luta do povo palestino”, disse Mursi na abertura da XII Cúpula da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).

O presidente egípcio acrescentou que a paz nos territórios palestinos é fundamental para a a estabilidade do Oriente Médio, em declaração reproduzida pela agência de notícias EFE.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse que seu país vai invocar as instituições internacionais se Israel continuar a política de ampliação de assentamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. “Buscaremos um novo caminho para resolver o conflito”, comentou ele.

Síria

A XII Cúpula da OCI, que acontece no Cairo, também tem como tema principal de sua agenda a guerra na Síria. Mursi pediu que os países da região apoiem a iniciativa lançada pelo Egito para resolver a questão. “Abrimos um diálogo com blocos regionais para chegar a uma solução para a crise na Síria. Peço a todos os membros da organização que apoiem estes esforços”, solicitou o mandatário.

Mursi também expressou o apoio do Egito à Coalização para as Forças da Revolução e Oposição Síria (CNFROS) e pediu aos grupos opositores que estão fora dessa aliança para que coordenem com ela um projeto comum em prol do processo democrático.

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Fonte :

http://www.ebc.com.br

Durante anos, alguns professores pediram regularmente aos imãs das mesquitas locais que dessem aulas sobre o Islão. Os alunos foram sempre bem-vindos. Em várias ocasiões, por exemplo, na abertura de cerimónias ou aniversários de instituições islâmicas, os (principais) representantes do estado (como Mário Soares, durante a sua presidência) tomaram parte nas festividades.43

Juntamente com outras minorias religiosas, ainda que em segundo plano, os muçulmanos portugueses participaram em debates sobre liberdade religiosa e tópicos com ela relacionados. Em todas as negociações legais ou debates sobre os direitos das minorias religiosas em Portugal, os grupos protestantes e as organizações de apoio desempenharam o papel principal. A partir do início dos anos 90, os debates sobre a reforma da lei de liberdade religiosa, que em aspectos cruciais provém da era do Estado Novo, tornaram-se questões focadas pela imprensa.Em 1996, a Comissão de Reforma da Lei de Liberdade Religiosa do governo (CRLLR) convidou todas as profissões de fé e associações religiosas registadas na lista do Ministério da Justiça, para apresentar propostas e declarações para a reforma da lei (Público, 21-07-1996).44 Com a excepção da igreja católica romana, que não demonstrou grande interesse, os que responderam puderam ser divididos em três grupos principais: igrejas protestantes e pentecostais (tais como a Assembleia de Deus, de origem brasileira), religiões não cristãs tradicionais (Islão, Budismo, Hinduísmo e Judaísmo) e novos movimentos religiosos (NMR). Segundo a classificação da perspectiva portuguesa, a maioria destes últimos são denominações protestantes e/ou proclamam raízes cristãs, tais como as TestemunhasdeJeová, a Igreja Maná ou a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Juntamente com a comunidade judaica,45 os muçulmanos portugueses organizaram a aliança das religiões não cristãs.46 Devido à grande convergência das suas solicitações, os judeus e os muçulmanos portugueses tiveram novamente a ocasião de demonstrar a sua prontidão para trabalharem juntos.47 Embora as minorias protestantes tenham, aparentemente, sido a razão para a renovação deste debate em Portugal, o tema tornou-se mais complexo com o aparecimento dos NMR.48

Devido ao seu enorme crescimento depois de 1974, as igrejas evangélicas, denominações de protestantismo e NMR em Portugal, atraíram muito mais a atenção do que os grupos minoritários não cristãos, como os hindus, os ismaelitas e os muçulmanos sunitas. O facto de estas minorias religiosas cristãs (mas não católicas) terem atraído um número significativo de adeptos portugueses, tornou-os muito presentes na esfera pública portuguesa. Foram também objecto de estudos conduzidos por eruditos e institutos de pesquisa, de alguma forma ligados à igreja católica romana dominante ou às próprias instituições protestantes.49 Se examinarmos os artigos de jornais portugueses publicados durante os últimos vinte anos, podemos afirmar que as minorias religiosas não cristãs (sobretudo os muçulmanos e os hindus) não produziram, em geral, temas controversos na imprensa. Além disso, penso que é seguro presumir que não tiveram qualquer impacte significativo na sociedade portuguesa, exceptuando o facto de estarem representados na "população imigrante". Com efeito, entre as minorias religiosas, (apenas) a IURD provocou aquilo a que se pode chamar um verdadeiro escândalo na esfera pública, no início dos anos 90.50

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Fonte :

http://www.scielo.oces.mctes.pt

O fenómeno ainda muito recente da nova presença islâmica na costa ocidental da Península Ibérica foi desencadeado na viragem histórica do Portugal de hoje: a partir do ano de 1974, quando o regime de Salazar/Caetano finalmente caiu e as antigas colónias ganharam a sua independência.

A sociedade portuguesa começou a experimentar uma mudança drástica. Esta mudança fundamental na paisagem política, social e demográfica começou com a revolução, que desencadeou a transição de um sistema autoritário para a democracia,12 e com a há muito devida independência das colónias africanas, que iniciaram o processo de descolonização.13

O contexto histórico-social da chegada de muçumanos

 

Não foi apenas a rigidez do sistema e do ambiente que começou a mudar rapidamente. Aproximadamente meio milhão dos chamados retornados regressou ao seu país natal.14 As consequências das mudanças drásticas em ambas as áreas (PALOP e metrópole) foi que a nação portuguesa (por um curto período) passou rapidamente de um país de emigração para um país de imigração. Isto mudou vários aspectos fundamentais da sua autopercepção. Após ter travado uma batalha perdida nas colónias africanas, o papel do império colonial perdera-se para sempre e as palavras programáticas de Salazar, "orgulhosamente sós", tornaram-se obsoletas. Como se sabe, aquela frase famosa pagou outrora tributo ao conceito político de Estado Novo, reflectindo o isolamento de Portugal, pelo menos da Europa, em matéria de assuntos económicos e externos. Aparte os desenvolvimentos políticos internos, as alterações à autopercepção de Portugal iniciaram-se na viragem da perspectiva autoformada "pancontinental" para o desejo de integração na Europa, e de novos conceitos para uma política externa nova.Post festum, a frase "orgulhosamente sós" tornou-se obsoleta por outra razão:

Tal como meio milhão dos retornados, cerca de 30 a 45 mil indivíduos não portugueses abandonaram as ex-colónias, durante os primeiros anos pós-revolucionários, e instalaram-se nas grandes cidades portuguesas principalmente nas zonas de Lisboa e Porto.15

A situação e condições de vida eram totalmente intoleráveis nos PALOP — e não apenas para o povo português. Anos de guerra pela independência e a súbita ausência das antigas estruturas administrativas portuguesas, levaram a uma acentuada deterioração de um status quo já dificilmente tolerável. Angola e Moçambique caíram na guerra civil.

Uma nova diversidade religiosa e cultural

 

Tal como se verificara uns anos antes em França, na Grã-Bretanha, na Holanda e na Alemanha, a imigração — causada pela descolonização e/ou pela migração económica — mudou as constelações religiosoculturais dos países europeus. Iniciada pelo processo de descolonização, a paisagem religiosa e cultural de um Portugal muito católico mudou — fenómeno mais visível em Lisboa e seus subúrbios.

Ao mesmo tempo, quando se lançaram as pedras fundadoras do pluralismo político e da consolidação da democracia, os países da Europa Ocidental de emigração por excelência "perderam" a sua enorme homogeneidade religiosa e cultural — o que foi mais visível em Lisboa e seus arredores.

A filiação religiosa e o passado cultural dos imigrantes dos PALOP são diversificados: religiões (locais) africanas, paganismo e cultos sincretistas, catolicismo de influência romana e formas africanas, uma pequena percentagem de protestantismo, formas diferentes de Islão afro-cultural (incluindo grupos sufi), Islão sunita de antiga origem indiana, ismaelismo e hinduísmo.16 Os muçulmanos sunitas africanos vieram da Guiné-Bissau.17 Outros muçulmanos africanos emigraram para Portugal vindos de Moçambique.18 Embora haja muitos muçulmanos sunitas da África Oriental e ismaelitas (um ramo xia), ambos de origem indiana, Moçambique foi o ponto de partida da maioria dos muçulmanos que vivem actualmente em Portugal.

Por várias razões, o estudo da nova presença islâmica na Europa debate-se com o problema geral de reunir dados numéricos fiáveis, o que é verdade tanto para cidadãos muçulmanos, como para imigrantes que vivem em Portugal.19 Somos forçados a trabalhar com base em diferentes cálculos de números de casos desconhecidos de imigrantes e com uma imigração ainda em movimento — e fluxos de emigração. Além disso, a maioria das estatísticas disponíveis sobre imigração, bem como os resultados das campanhas de legalização, não documentam dados de filiação religiosa, como o recenseamento nacional português normalmente faz.20 Contudo, parece que apenas uma percentagem não representativa de imigrantes participou nesses recenseamentos. Para além de dados documentados de beneficiários de apoios financeiros, participantes em programas educacionais, casamentos, funerais e os números de eleitores nas assembleias gerais, as próprias comunidades muçulmanas apenas podem estimar o número dos seus membros.21São elas, acima de tudo, quem pode apresentar a visão geral mais realista, por isso a grande maioria dos artigos de jornal assenta nessa visão. Dado que as comunidades são do ponto de vista económico inteiramente autónomas do estado e que nas negociações legais não beneficiarão de qualquer vantagem pela sua mais elevada representação proporcional, não há verdadeira razão para que elas declarem o seu número por excesso ou por defeito.22Além disso, até certo ponto, todos os dados numéricos se baseiam em cálculos e não contêm informação clara sobre a prática religiosa diária de indivíduos muçulmanos a viver em Portugal.

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Fonte:

http://www.scielo.oces.mctes.pt

Resumo A Europa comporta hoje cerca de 15 milhões de muçulmanos, 30 mil dos quais em Portugal. Durante as últimas décadas, os muçulmanos da Europa moderna revelaram capacidades notáveis na construção de comunidades e nos processos de institucionalização. Ou seja, adoptaram certos hábitos e padrões europeus, mantendo ao mesmo tempo costumes e padrões religiosos e culturais que diferem da cultura dominante. Isso também se aplica aos muçulmanos de Portugal. Trabalhando alguns dos factores que afectaram a relação entre a minoria muçulmana e a sociedade dominante, tentarei desenhar uma imagem mais pormenorizada da NPI em Portugal.

Palavras-chaveMuçulmanos, minorias religiosas, integração e marginalização, classes médias

A primeira questão que surge de uma perspectiva de comparação com os europeus é: quais são as especificidades da nova presença islâmica (NPI)1 em Portugal?2

O número comparativamente mais alto de ismaelitas é um dos vários pontos que transformam o bastante marginal caso português num caso muito interessante. Outro aspecto de interesse é a herança histórica de Al-Andaluz e da reconquista. Ela sugere a riqueza de uma comparação entre a actual situação de Portugal e a de Espanha. Os dois países partilham experiências históricas muito semelhantes com o Islão — mas as consequências nos dias de hoje são diferentes.

Na verdade, ambos os temas mereciam uma apresentação distinta e doravante só serão mencionados em alguns aspectos cruciais. Esta comunicação concentra-se nos fenómenos mais patentes sobre os muçulmanos em Portugal: a composição, estrutura e papel extraordinários da comunidade sunita em Lisboa chamam a atenção para a NPI em Portugal, a qual tem sido praticamente ignorada nos recentes estudos comparativos sobre muçulmanos na Europa.

Este é realmente o aspecto que confere especificidade ao caso português. À semelhança do que acontece noutros países da Europa, os muçulmanos em Portugal apresentam-se activos em questões sociais, culturais e religiosas, mas contrariamente à situação noutros países europeus, aqui a nova constelação sociocultural não deixa ver aquilo com que a investigação social tem que se defrontar: os campos nevrálgicos comuns que se evidenciaram no novo encontro entre muçulmanos e não muçulmanos nas seculares e cristãs sociedades capitalistas europeias. Em Portugal, este encontro parece não só não ter suscitado tensões como não atraiu especial atenção. É difícil encontrar um país ocidental em que a NPI — seja qual for o seu tamanho — seja tão consistentemente ignorada pela imprensa, investigação social, negociações políticas ou diálogos interculturais/religiosos. Ao analisar o fenómeno do Islão na actualidade portuguesa, perante aquilo que vemos, a nossa curiosidade vai para o que não se vê: a ausência de manifestações contra a abertura de mesquitas, de temas controversos no parlamento, na administração local ou na imprensa, de oposição aos lenços na cabeça, de debates relativamente ao reconhecimento oficial ou padrões de secularismo, de discursos académicos sobre "anti muçulmanismo", "islamofobia", ou o papel do Islão nos processos de marginalização social e minorias étnicas. Há que perguntar porquê.

À primeira vista, a resposta radica no número de imigrantes e cidadãos muçulmanos em Portugal, que é realmente muito pequeno comparado com outras NPI. Isto explica que não haja um parlamento ou conselho muçulmano, como em Inglaterra, nem organizações estudantis muçulmanas, grupos femininos muçulmanos e nenhuma negociação sobre educação islâmica em escolas públicas, como existe na Alemanha, Áustria, Espanha, Inglaterra, etc. Mas eu contesto que o pequeno número de muçulmanos, que representam aqui a maior minoria não cristã, seja a única explicação para esta tão encorajadora situação portuguesa de coexistência socioreligiosa. Penso que a verdadeira razão pode ser encontrada tanto no desenvolvimento específico português sociocultural — do qual a NPI foi uma parte integrante e uma consequência — como nas condições e capacidades específicas da própria presença muçulmana em Portugal. Para evitar mal-entendidos é preciso notar que o silêncio que rodeia a minoria muçulmana em Portugal não significa que ela seja ignorada ou privilegiada. A minha tese é que ela foi negligenciada em vários contextos e por várias razões.

Quais foram as circunstâncias que provocaram esta marginalização pública? Qual o papel que desempenharam as principais partes envolvidas, nomeadamente os grupos muçulmanos, a imprensa, as políticas de minorias, as dinâmicas na esfera política e os outros grupos minoritários? Trabalhando alguns dos factores que afectaram a relação entre a minoria muçulmana e a sociedade dominante, tentarei desenhar uma imagem mais pormenorizada da NPI em Portugal.

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Fonte:

http://www.scielo.oces.mctes.pt

Islã teve uma grande importância na língua e na literatura. Com o avanço do Islã, a língua árabe, se expandiu devido ao fato do Alcorão ser neste idioma. O Islamismo se expandiu tanto que a peregrinação a Meca aumentou significativamente, a ponto do governo saudita estabelecer cotas de peregrinos dos países muçulmanos. Apenas um em cada 1000 fiéis da população destes países podem ir a Meca, as restrições atingiram os próprios sauditas, uma nova lei só permite a peregrinação a cada 5 anos.

A arte islâmica surgiu no califado omíada, baseando-se numa aliança insparavél do espiritual e temporal, a ausência de tradição fez com que o Islã se inspirasse nos povos dominados. O Islã adaptava a cultura dos povos dominados a sua realidade e seus valores. A arte do Islã é solidificada no califado abássida e é classificada como clássica.

Na área intelectual do Islã as principais bases são as ciências tradicionais divididas em dois grupos: religiosa e auxiliares. Os árabes mesmo antes do surgimento do Islamismo já se comunicavam com outros povos, e os sírios cristãos já haviam traduzido para a língua síria obras científicas e filosóficas gregas principalmente aristotélicas e neoplatônicas.

Os povos do Oriente, entraram em contato com a cultura helênica, devido às imigrações dos sábios, que foi fruto das discórdias religiosas que estavam ocorrendo em Bizâncio. E como o Oriente estava ávido de cultura, recolheu rapidamente estes sábios, de algum modo à recepção do legado grego possibilitou a cultura árabe atingir sua maturidade.

"O progresso da ciência vai intensificar as crenças. Quanto mais rápidas forem as transformações da sociedade, mais as pessoas pedem apoio, que pode estar na religiosidade". SOBEL, Henry. Rabino da Congregação Israelita Paulista.

Na ciência, o Islamismo teve grande influência porque a partir daí, passou a se preocupar não só com o ambiente físico do homem, mas envolveu uma análise penetrante do homem como um ser espiritual e da sociedade em que ele vivia. De tal forma que se expandiu sua fama, todos no Ocidente, que ansiavam por maior esclarecimento se voltaram para o Islã, onde florescia o espírito da indagação.

A ciência árabe não deve ser desvinculada do que determina, a fé islâmica, a pesquisa científica é exaltada no Alcorão, encorajando o crente a aprender juntos aqueles que não compartilham a fé muçulmana. O califa Al Mamum (811813), instalou em Bagdá (832) um centro de estudo e de tradução, como A Casa da Sabedoria 1 , e que foi considerada como um marco na cultura do Islã, e isto ocorreu devido ao interesse dos governantes em colecionar documentos e obras de valor, isso foi prática utilizada desde o início do Islã.

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Fonte :

http://pt.wikipedia.org